sexta-feira, 30 de julho de 2010

O que deveria ser por escrito

carta

Tenho saudades do lápis de cor e do papel. De vez em sempre me dá essa vontade de escrever uma carta pra cada pessoa que foi importante ou está sendo importante em minha vida, explicando sabe-se-lá-o-que. Aos amigos distantes, aos amigos próximos, aos casos mal-resolvidos. Hoje em dia a gente expressa tudo via um tweet, via um scrap, se muito um testimonial no Orkut. Onde foram parar aquelas juras de amor e amizade na capa do caderno, com caneta Bic mesmo, se não tivesse outra? Era tão mais certo. Ninguém apagava na raiva depoimento de seu-ninguém e perdia pra sempre uma peça daquele relacionamento. A gente simplesmente achava uma cartinha antiga enquanto vasculhava o armário e era uma delícia! Ainda é uma delícia. Mas as cartas estão ficando já amareladas e são poucas as pessoas que ainda têm esse hábito tão antiquado de entregar um envelope pra alguém. Até cartão de aniversário comercializaram. Um absurdo!

Se nessas eleições me deixam votar em papel, voto na volta da troca de cartas entre as pessoas queridas. Pode ser bilhetinho também, vai, já que estamos na "era dos 140 caracteres". Qualquer lembrança que possa ser esquecida em uma gaveta é válida. Para depois ser relembrada.

I don't want to forget.

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