quarta-feira, 27 de outubro de 2010

O que meu crédito não compra

Das coisas que "não tem preço", acho que minha Wishlist está

cheia. O que é um baita de um problemão porque dinheiro a

gente rala e recebe no fim do mês. Põe no cheque especial,

pede emprestado ou até assalta um banco; o mundo está aí

cheio de opções. Já o que "não tem preço" é mais complicado

de alcançar. Às vezes custa mais caro que um jatinho em nome

próprio ou, sei lá, um ipad. Às vezes tem um preço que a

gente insiste em pirangar pra gastar, pois aparentemente nos

soa caro investir tanta grana pra passar apenas 5 dias numa

viagem, mas acaba que certas experiências não são pagas nem

com 1 milhão em barras de ouro, que valem mais do que

dinheiro.

1285445336918_f_large

Digo isso pra falar da ironia constante em minha vida: quando

me sobra grana, me falta harmonia. Juro que é assim. Basta

sobrar um dinheirinho, ganhar um aumento nem que seja de 50

"reáu" e - de repente - eis que surge uma bomba em áreas

insolucionáveis à base de dinheiro, seja familiar, amoroso ou

íntimo. Fico feito louca procurando alguém que venda uma

resposta para tais problemas. Aceita  Visa? Posso dividir?

O que eu acho mesmo é que dinheiro é supervalorizado (der!).

A maioria das pessoas faz dele a big deal. Eu mesma tenho

meus momentos de "ah-meu-deus-não-vou-conseguir-pagar-a-

fatura-do-cartão", mas isso acontece principalmente por conta

do meu desapego pré-fatura do cartão. Quando não estou

podendo, é um drama; mas quando estou podendo, é assim. Não

tem dinheiro pra sair? Estou convidando. Se um dia eu for

rica, tomarei como hobby distribuir presentes às pessoas de

quem gosto. Porque dinheiro no banco nunca me trouxe

felicidade. Verdade seja dita, me traz muita segurança e um

instinto de "posso fugir quando eu quiser". Mas felicidade

pura mesmo, nunca trouxe.

Se desse pra pagar à vista pela alegria de quem a gente

gosta, aproximar o dia-a-dia dos amigos que moram longe

assinando um cheque e passar no cartão a paz de ir dormir

sorrindo e acordar sorrindo, daí sim eu abria uma poupança

Ouro. Só pra garantir.

Um comentário:

Alice O. disse...

sou capaz de ficar sem presente numa viagem só de gastar com presentes para as pessoas que amo. e tenho orgulho dos meus amigos que guardam até hoje as besteirinhas que trouxe quando tava longe, morrendo de saudades...
não, meu dinheiro guardado também não traz felicidade, só que as vezes uso ele para me levar até ela =D