sexta-feira, 4 de maio de 2012

Prefiro ir de metrô

Definitivamente sou o tipo de garota urbana. Dessas meninas criadas em apartamento, na base do supermercado-que-vende-de-tudo e dos serviços e estabelecimentos 24h. Poucas coisas me emocionaram tanto na vida como a 1ª vez em que subi as escadas da estação Consolação e dei de cara com a Paulista e seus mais de duzentos tipos de gente. Ou a vez em que andei pela Kärntner Straße, em Vienna, achando tão lindas todas as placas iluminadas e todas aquelas pessoas com estilos diferentes. Enquanto tem gente achando placas um absurdo, eu quero é mais. Nem quero imaginar a emoção que um dia terá a minha alma urbana ao colocar os pés na Time Square e chamar um táxi ou .

Pode ser que isso mude com o tempo. Pode ser que daqui a 10 ou 15 anos eu prefira a calma e a paz das pequenas cidades ou surbúbios. E como boa recifense, eu já sou fiel a uma tarde qualquer deitada na rede e fazendo de conta que os problemas não existem; a uma tarde deitada na areia e ouvindo o mar chegar mais perto; todas essas pieguices lindas. Mas meu negócio mesmo é a cidade e sua praticidade e loucura.

Ao mesmo tempo, essa prática dinâmica e de overdose do urbanismo é o jeito mais fácil de nos deixar impressionarmos ainda mais por pequenas belezas fora do trecho-megalópoles.

Rothemburg é uma cidade medieval da Alemanha, mas tão preservada que se assemelha a uma dessas cidades cenográficas próximas a perfeição da época. É uma graça - mas você nunca moraria lá porque, só para começar, não tem wi-fi em quase canto nenhum. Durmam com essa, geração Y!

Ou todos os lagos, montanhas, fazendas, campos e jardins quilométricos. Não há de negar que o mundo é mesmo impressionante e inesquecível colocar os pés em lugares como esses, embora não seja isso que vai fazer você feliz em morar a mais de 100km de uma farmácia, um Shopping Center ou um banco 24h.

Mas, olha, às vezes fica difícil não ficar balançada viu.

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