Minhas filosofias são esquisitas. Meu jeito de gostar é esquisito, porque lembra muito o que eu entendo de amor puro, aquela arte esquecida de cuidar do outro e empurrar o outro para o melhor caminho mesmo que esse caminho não seja o seu caminho. Mas também tenho um pouco desse amor mesquinho que a gente aprende no dia-a-dia, nos romances e nas fofocas de banheiro feminino (e masculino).
Acho que está aí uma mania desde a infância, quando eu colocava comida para os cachorros na rua (e leite para os gatos e água para os passarinhos). Além de ver um rabo abanando em felicidade - coisa que gente infelizmente não faz - de repente o vira-lata se apegava e passava na minha casa todos os dias. Não era só sobre a comida, não. Havia esse cachorro em Porto de Galinhas que uma vez fomos de carro até a vila e ele foi atrás, colocando os bofes pra fora, mas correndo para nos alcançar. Decidimos fazer um passeio de jangada e do auge de sua decisão canina, ele decidiu ir junto; subiu na jangada e ficou lá nas pedras encantado com os peixinhos.
Realmente tenho o direito de dizer que tenho um jeito esquisito de tratar as coisas se comparo amor com um cachorro que passeia numa jangada? É que acho que é assim mesmo, seja para amizade ou relacionamento; a gente dá esse amor puro de cuidar e de empurrar pra frente e vê o que acontece a seguir. Se for pra ser, essa pessoa fica.
Se for apenas um gato interesseiro, vai tarde.
Saindo do sentido figurado, eu adoro gatos, mas definitivamente sou uma dog person :).
3 comentários:
Quando uma pessoa é interesseira?
Quando é que alguém se aproxima de outra se não por interesse? O gato faz a mesma coisa. Pode ser por carinho, por comida. Ele não é tão afetuoso quanto o cão, tão dedicado, tão leal mas ele também tem amor, também gosta(as vezes) das pessoas.
Claro, tem interesses e interesses. Mas as vezes pode ser um interesse que une os dois, mútuo, recíproco, de ganha-ganha(...) Ruim são os sangue-sugas. Esses sim são animais(são?) desprezíveis.
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